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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Acessibilidade e inclusão na moda


            Acessibilidade e inclusão na moda


Pessoas que têm familiares ou amigos com alguém tipo de deficiência física, sabe como é difícil o ato de vestir as mesmas. Pensando nisso alguns estilistas começaram a investir nas peças ergonômicas, para transformar o ato de vestir simples. No Brasil, segundo dados do IBGE, 14,5% da população tem algum tipo de deficiência física, o que representa 24,6 milhões de pessoas. Apesar do número, poucas marcas investem em peças que facilitem o simples hábito diário de se vestir para um cadeirante, um anão ou um cego. Além da dificuldade em encontrar peças que sirvam, andar ou o famoso bater-perna para a procura melhor, dificulta mais ainda. Escadas rolantes de shoppings, ruas de pedrinhas, escadas, são fatores que impossibilitam pela busca de roupas para pessoas com deficiência física. Como se não bastasse só esses fatores, temos também o experimentar. Tirar as roupas, experimentar, experimentar outra e outras... Para pessoas com estrutura certa já é desgastante, imagina para elas! Outro fator é o tamanho da cabine, muitas delas não são apropriadas. As roupas ergonômicas são de fato uma ótima opção. É visível que a moda ganha espaço no mercado cada vez mais, assim cria mais nichos. A pesquisa fundamental faz a modelagem adaptar-se para todos os tipos de corpo. Modelagem e ergonomia juntas, para fazer uma moda consciente, de conforto, facilidade e apta.

O que significa uma roupa ergonômica? 

A ergonomia trata da linguagem do corpo, das suas formas e dos seus movimentos. Nesse conceito, as peças buscam resgatar as funções dos recortes e das costuras, a posição dos pontos e dos bolsos, valorizando a liberdade e levando em conta um ser que pensa que sente e que age. Não é apenas sair colocando velcro nas roupas, mas analisar como o indivíduo vai interagir com eles. Quase todo deficiente físico usa bolsas para carregar documento, dinheiro ou caneta, porque eles são ativos, mas acham o acessório feio. Aí aderimos ao utilitário, um bolso feito com o próprio tecido e com velcro, que pode ser fixado à roupa e tirado quando a pessoa quiser. É possível fazer uma modelagem ergonômica, uma roupa com caimento perfeito, elegante e que não prejudique o corpo.

Qual o melhor tecido?

            O visco-Lycra que é uma viscose de algodão com Lycra. Ela é macia, tem uma aderência boa no corpo e é fácil de vestir. O cotton também é um tecido muito bom e a Lycra é ótima para absorver líquidos derramados. Mas mais importante que o tecido é o tipo e local das costuras para dar conforto ao deficiente.     





              Thamara Boechat
             Blogueira do IMM
           http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI16005-15159,00.html
http://usefashion.com/journal/interna89.asp