A mulher de Hamad bin Khalifa Al Thani, o ex-Emir do Catar, juntou a Balmain, casa de moda francesa fundada em 1945 e avaliada em 500 milhões de euros, ao seu império. Os valores do negócio permanecem no segredos dos deuses, embora o jornal económico ‘Les Echos’ tenha avançado que a oferta foi de 485 milhões de euros.

A Balmain, até então controlada em 70% pelos herdeiros do antigo CEO, Alain Hivelin (que morreu em dezembro de 2014), e em 30% por outros sócios, é agora detida pela Quatar Mayhoola, a empresa da investimento atrás da qual atua Mozah bint Nasser e que detém também, desde 2012, a italiana Valentino. “Ela tem um gosto extraordinário. É uma figura muito respeitada no mundo da moda”, garante Sandra Wilkins, decana do departamento de desenho de moda da Virginia Commonwealth University no Qatar, em entrevista ao espanhol ‘El Mundo’.
“Ela cumpre todos os critérios para ser uma das mulheres mais bem vestidas do mundo”
A mesma opinião tem a equipa editorial da revista Vanity Fair que inclui regularmente Mozah bint Nasser na lista de mulheres mais bem vestidas do mundo.
Mozah bint Nasser não se fica por aqui. A sua família é proprietária da Shard, do Harrods, do edifício da embaixada dos EUA em Grosvenor Square, em Londres, de parte do mercado de Camden, também na capital britânica, de metade de um dos blocos de apartamentos mais caros do mundo em One Hyde Park, sem esquecer, ainda, uma percentagem da London Stock Exchange.
Formada em sociologia, a ex-Sheikha é presidente da Qatar Foundation para a Educação, Ciência e Desenvolvimento Social e também embaixadora especial da UNESCO para Educação. “Não só a educação é um pilar da democracia, como a democracia também é um pilar da educação” é o seu lema.
Quando à moda, diz ainda Wilkins: “Ela entende este universo e vive-o com entusiasmo”. A própria bint Nasser já tinha admitido, em entrevista ao ‘Financial Times’, que entre o prazer de vestir esconde-se a sua terapia: “É medicinal. Quando me sinto esgotada, recorro ao meu guarda-roupa”, confessou, admitindo ainda que não tem um estilista pessoal porque nunca encontrou quem entendesse o que quer. “O meu estilo representa algo que é tradicional, mas ao mesmo tempo moderno e prático”.