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quinta-feira, 15 de março de 2012

Das Telas, para Passarelas

  MONDRIAN + SAINT-LAURENT: Neste assunto, o ícone absoluto é a
série de vestidos que Yves Saint-Laurent criou em 1965 com base nos
 quadros de Piet Mondrian.
Estas peças fizeram sucesso absoluto, são a cara de uma época,
nunca deixaram de encantar e têm lugar de destaque em qualquer
enciclopédia de moda que se preze.
 
Das Telas, para Passarela

Muitas pessoas leigas em assuntos de moda, devem questionar-se sobre a criatividade das mesmas. De onde vem tantas inspiração para a cada seis meses ter novas criações, coleções inteiras... A maioria desses estilistas tem consciência que moda também é um tipo de arte, com isso envolvem os mundos das artes plásticas com o da moda. A combinação é perfeita, os estilistas mais renomados como, Coco Chanel e Marc Jobs... Tinham amigos pessoais e entendiam e entendem de arte. Tudo influencia, a cultura, uma viagem, um prato decorado, uma decoração, um artista, e dezenas de detalhes que os olhos atentos dos estilistas captam! Mesmo assim, com tanta diversidade para a criação, as artes plásticas ainda são as mais procuradas. Essa inspiração mútua, acontece a muito tempo, mudando só o diálogo entre elas com o passar do tempo, causando sempre momentos marcantes na moda.   Algumas vezes com referências sutis, que lembram movimentos como o Art Déco e o Minimalismo, e outras com alusões tão diretas que os modelos se transformam em verdadeiras homenagens. Foi o caso do desfile de comemoração dos 60 anos da Dior, em 2007, em que o estilista John Galliano desfilou peças inspiradas em seus pintores favoritos, como Michelangelo, Pablo Picasso e Henri Matisse. Yves Saint Laurent, que, além de um grande estilista era também colecionador de obras de arte, transpôs muitas cenas nascidas em telas para suas criações. INSPIRE-SE!

Desfile da Maison Dior - 2007
       POLIAKOFF + SAINT-LAURENT: Em 1965, 
      Yves Saint-Laurent transformo em roupa sua 
     admiração pela produção recente de Serge
 Poliakoff, como os quadros Composição abstrata (1960)
      e Composição verde, azul e vermelha (1965).

DEGAS + GALLIANO: Os tons e texturas que estavam
na saia de uma das
Bailarinas na coxia, de Edgard Degas,
 pularam para o busto e os ombros da modelo de John Galliano em 2007.
 
WARHOL + UNGARO: Nos anos 90, Emanuel Ungaro
criou para a Parallèle sua releitura das flores em cores saturadas de Andy Warhol.
 
                                      ESCHER + MCQUEEN: As ilusões inquietantes de M. C.                              Escher tornaram-se alta costura em 2009, pelas mãos de Alexander McQueen.
                                     O estilista desfilou vestidos geniais, cujas estampas mostravam                       uma típica (e falsificadíssima) padronagem da Givenchy se transformar nos
                                            pássaros transmorfos do desenhista holandês.
VAN GOGH + SAINT-LAURENT: Os lírios e girassóis de
 Vincent Van Gogh,
pintados no século 19, foram parar nestas jaquetas
que Yves Saint-Laurent desenhou em 1988.
 
MONET + SAINT-LAURENT: Na mesma coleção, Yves Saint-Laurent bebeu do célebre lago de ninféias de Claude Monet. 

WESSELMANN + SAINT-LAURENT: As silhuetas básicas
 e coloridas de Tom Wesselmann deram origem
 a vestidos ainda mais pop assinados por Yves Saint-Laurent.
 



MONET + KRIEMLER: As pinceladas fluidas das telas impressionistas de Claude Monet voltaram às passarelas em 2009, na coleção criada por Albert Kriemler para a grife Akris. 
DALÍ + SCHIAPARELLI: Em 1936, Salvador Dalí criou seu Telefone-lagosta. No ano seguinte, Elsa Schiaparelli estampou
em um vestido branco um desenho do mesmo crustáceo, também assinado por Dalí.
 
                     
 Alchemy, Jackson Pollock, 1947. VESTIDO: Dolce & Gabanna, 2008. 

                                                             Thamara Boechat
                                                             Blogueira do IMM