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segunda-feira, 19 de março de 2012

Origem e Desenvolvimento dos Sapatos

Origem e Desenvolvimento dos Sapatos

Muitos atribuem aos  a arte de curtir couro e fabricar sapatos, porém, existem evidências de que os sapatos foram inventados muito antes, no final do Período PaleolíticoExistem evidências que a história do sapato começa a partir de 10 mil a.C., ou seja, no final do Paleolítico, pois pinturas desta época, em cavernas na Espanha e no sul da França, fazem referência ao calçado. 

Nos hipogeus egípcios, que eram câmaras subterrâneas usadas para enterros, e que têm idade entre seis e sete mil anos, foram descobertas pinturas que representavam os diversos estados do preparo do couro e dos calçados.

NAntigo Egito, as sandálias dos egípcios eram feitas de palhapapiro ou de fibra de palmeira e era comum as pessoas andarem descalças, carregando as sandálias e usando-as apenas quando necessário. Sabe-se que apenas os nobres da época possuíam sandálias. Mesmo um faraó como Tutancamon usava sandálias e sapatos de couro simples, apesar dos enfeites de ouro.
NMesopotâmia eram comuns os sapatos de couro cru, amarrados aos pés por tiras do mesmo material. Os coturnos eram símbolos de alta posição social. Na Grécia Antiga, os gregos chegaram a lançar moda, como a de modelos diferentes para os pés direito e esquerdo. 

Na Roma Antiga, o calçado indicava a classe social. Os cônsules usavam sapato branco, os senadores sapatos marrons presos por quatro fitas pretas de couro atadas a dois nós, e o calçado tradicional das legiões era a bota de cano curto que descobria os dedos.
 NIdade Média, tanto homens como mulheres usavam sapatos de couro abertos que tinham uma forma semelhante ao das sapatilhas. Os homens também usavam botas altas e baixas, atadas à frente e ao lado. O material mais corrente era a pele de vaca, mas as botas de qualidade superior eram feitas de pele de cabra.


                                                                 

 A padronização da numeração é de origem inglesa. O rei Eduardo I foi quem uniformizou as medidas. A primeira referência conhecida da manufatura do calçado na Inglaterra é de 1642, quando Thomas Pendleton forneceu quatro mil pares de sapatos e 600 pares de botas para o exército. As campanhas militares desta época iniciaram uma demanda substancial por botas e sapatos. Em meados do século XIX começaram a surgir as máquinas para auxiliar na confecção dos calçados mas, só com a máquina de costura o sapato passou a ser mais acessível. A partir da quarta década do século XX, grandes mudanças começam a acontecer na Indústria calçadista, como a troca do couro pela borracha e pelos materiais sintéticos, principalmente nos calçados femininos e infantis. Atualmente algumas marcas de sapato se constituem enquanto símbolos de status social, assim, os sapatos deixam de ser apenas uma proteção para os pés.

Século XV, XVI, XVII e XVIII
A ascensão da burguesia no século XVI trouxe com ela o florescimento do comércio, diversificando o vestuário europeu, tornando-se mais refinado e complexo. 

Os sapatos não ficariam de fora. Os calçados masculinos eram quadrados e largos, sendo mais confortáveis do que no século anterior. As botas, não eram exclusividade do exército, alongaram, chegando até a coxa. 

Os saltos conquistaram seu espaço, tornando símbolo social a altura dos sapatos. Surgem os modelos de saltos masculinos, que eram altos e quadrados, com diversos enfeites. 

No século XVIII, a moda finalmente se estabelece. Começa então, a divisão dos sapatos, para trabalho e passeio. Os homens calçavam sapatos de couro preto que contavam com a confortável presença do elástico, invenção da época.
Século XX
Estamos em 1900 onde o progresso é acelerado e a moda ganha espaço. Nos pés predomina o estilo boneca. Bicos arredondados, botões e laços viram hit. Saltos grossos e baixos, enfeites com pele de animais, uso de duas cores e texturas diferentes eram a grande pedida.
Anos 20 e 30
Em 1920 os sapatos bicolores de salto alto com abertura no calcanhar, que se tornariam um clássico da moda. Saltos altíssimos em formatos variados viram coqueluche. Os sapatos se tornam, então, objetos de desejo de homens e mulheres. 


Os anos 30 foram marcados pela escassez do couro, o que obrigou a indústria de calçados a adotar outros materiais.
Anos 40 e 50
O cinema e a reconstrução da Europa no pós-guerra movimentam a indústria da moda. Os sapatos dos anos 40 tinham todos bico redondo e plataforma de madeira revestida com couro de vaca.  

Sapatos de salto tipo agulha são a tônica dos anos 50. Bicos finos alongados conferem uma dose extra de feminilidade aos calçados. A moda reinventa o modo de revestir os pés de homens e mulheres, e as novas formas e desenhos conquistam os pés mundiais.

Anos 60, 70 e 80
Os anos 60 trouxeram uma grande abundância de estilos. Sapatos baixos e de bico arredondado, tipo “ballerina”, que fizeram a cabeça e os pés dos homens. Surge o mocassim, calçado preferido pelos estudantes norte-americanos e europeus. Aparecem as botas longas e justas. 

Os anos 70 pediam sapatos com motivos folclóricos e étnicos. Cor, verniz, brilho, saltos grossos, plataformas e bicos redondos completam a fase. 

Logo no começo da década de 80, o sapato ganhou vida própria. A indústria se desenvolveu, e um único estilo já não é mais aceito, usa-se de tudo. O tênis ganha força e vitalidade, tornando-se um grande curinga. No começo eles possuíam sola de borracha, eram feitos de lona e amarrados com cadarço. Essa combinação os deixava leve. Gradativamente, o tênis foi sendo incorporado ao vestuário do dia-a-dia. Esse processo foi longo e continua ocorrendo.





Anos 90 e século XXI
A partir dos anos 90, nada se cria e tudo se transforma. Nos pés, o resgate dos anos 50 e 70 se faz presente. Exotismo, futurismo e uma pitada de audácia são os principais ingredientes do calçado da moda. A tecnologia avança e, com isso, a indústria de calçados se aperfeiçoa, criando modelos e materiais cada vez mais admiráveis. Surgem o “sapatênis” e as campanhas publicitárias milionárias que apostam no sapato como arma de sedução e sucesso.