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sexta-feira, 21 de julho de 2017

CONSUMO

A moda na era da inovação

A moda na era da inovaçãoA indústria da moda caminhou durante um longo período sem implantar novas ideias em seus sistemas. 
Para criar as novas coleções, as apostas se baseavam na análise das vendas das coleções anteriores, com algumas pitadas de intuição sobre o que seriam os best-sellers para a próxima temporada.
No entanto, recentemente, o velho sistema começou a mudar em razão de transformações que tem favorecido uma verdadeira renovação no setor. 

Entre elas, o ritmo imposto pelo fast-fashion, caracterizado pela inserção de produtos novos a cada 6-8 semanas. Também o império da instantaneidade, onde a impaciência tornou-se um modo de vida. Além disso, é inegável que a indústria da moda foi completamente transformada pelas redes sociais e pelo surgimento de novas plataformas B2B e B2C. 

Os consumidores de agora são camaleônicos: estão treinados para acreditar que podem ter o que querem, e imediatamente. 

Equipes de marketing inteiras dedicam-se a multiplicar os canais de contato com o consumidor usando as novas redes sociais. A propriedade intelectual dos designers, tornou-se uma questão mais delicada: em um mundo conectado, as coleções lançadas com muita antecedência estão totalmente suscetíveis à cópia.

O e-commerce, por sua vez, permite que os consumidores comprem com um simples clique, em prazos cada vez mais curtos - além de exigirem das lojas on-line custos de operação cada vez mais baixos. 

Neste novo contexto, as indústrias de confecção, independentemente de seus modelos de negócio ou porte, passaram a enfrentar novos desafios. Por isso, têm buscado implantar, ainda na fase de planejamento e desenvolvimento de produto/coleções, estratégias que permitam incrementar ou ajustar a entrega de valor para o consumidor. 

Entre os caminhos praticados, destacam-se o da gestão da informação; permitindo acesso a uma base consolidada de dados de vendas, mercado e de tendências. Também a adoção de um modelo de criação de produtos mais flexível, ágil, criativo e integrado ao consumidor. Também a implantação de uma abordagem mais eficiente, enxugando o desperdício e os custos invisíveis de projeto ao longo de todas as etapas de planejamento e desenvolvimento da coleção - um dos novos sentidos da palavra sustentabilidade. 

E por fim, o estabelecimento de meios de aproximação e integração com o consumidor através da melhoria e diversificação dos canais de comunicação, físicos e virtuais. 

Em tempos de tantas mudanças, entender e implantar novas abordagens e novos métodos não só ajudam a diminuir incertezas como também é uma forma de renovar os negócios de moda, a fim de atender às novas e futuras demandas de consumo.
Fonte | Assinatura: REDAÇÃO | FOTO: EQUIPE GUIA JEANSWEAR