Duloren: Para 2019, foca no Digital
São 55 anos de mercado brasileiro. De lá pra cá, a Duloren conquistou boa parte do segmento, se diferenciando com tecnologia e modelagem. A empresa possui, por exemplo, sua tinturaria própria e fabricação de insumos em sua unidade têxtil.
As confecções estão localizadas em Queimados e em Vigário Geral (RJ), gerando mais de 2 mil empregos diretos e produzindo cerca de 1,2 milhões de peças ao mês, assim como 170 toneladas de tecidos, rendas, fitas elásticas, colchetes e todos os seus acabamentos.
Para este ano, um dos grandes investimentos envolveu sua loja online. Atualmente, o canal já é responsável por 5% de seu faturamento. Em ano ano considerado difícil por especialistas, a Duloren alcançou um crescimento de 28%.
Confira abaixo a entrevista (via Fashion Network) com Patrtick Marco Argalji, diretor de canais digitais da empresa.
Vocês tiveram um crescimento de 28% este ano. A que vocês creditam este crescimento?Alguns consumidores ainda não sabem que vendemos online, portanto, ainda estamos construindo essa base de clientes online da marca. O nosso site teve uma remodelação no início do ano, deixamos ele mais eficiente em termos de performance, todo o processo de compra online também foi repensado para dar agilidade à consumidora. Além disso, todos os produtos ganharam novas fotos, de qualidade. Como a cliente não pode pegar na peça e ver ao vivo, temos que transmitir isso ao máximo no site.
Vocês dobraram o faturamento nesta black friday. Como conseguiram isso?Começamos o planejamento em setembro, quando decidimos quais seriam os produtos que teriam descontos. Também aumentamos nosso estoque e fizemos inventário. Tais processos internos foram primordiais para a evolução do desempenho. Sendo que este ano, não tivemos aumento de investindo em marketing. Com o mesmo orçamento, conseguimos um ROI muito maior.
Quais são as expectativas e metas para o ano que vem?Nossa expectativa é manter esse crescimento de 15-20%. Estamos procurando aumentar nossa linha de lingeries e buscar produtos auxiliares ao mercado de roupa íntima para justamente aumentar o ticket médio das compras.
Vocês reformularam bastante o e-commerce. Por que investir nesta plataforma? Não gera conflito de interesses com as revendedoras?O canal online está sendo usado também como meio de pesquisa de mercado. Lançamos coleções exclusivas para o canal online para ver se vai dar certo e cair no gosto das clientes para assim vendê-los para nossos representantes.
Sempre terá algum tipo de conflito, mas se você colocar na balança o que é mais significativo para marca, ter um e-commerce é extremamente valioso. É um canal que está 24 horas funcionando. Se nossa cliente quer comprar um Duloren, temos que oferecer todos as portas para essa compra. No início, quando aprestamos o projeto para o nossa força de venda, tivemos sim uma certa rejeição, pois a venda online era vista como ameaça. Mas nossa estratégia de nunca ser mais barato que nosso lojistas foi uma medida que adotamos para evitar competição. A ideia é que o canal online ajude nossas lojas físicas a vender mais na medida em que melhora melhora essa comunicado entre marca e cliente.
O que mudou no mercado de moda íntima no Brasil desde que vocês se lançaram no mercado?Estamos vendo um mudança muito interessante nesse segmento, na verdade do mundo da moda em si. A lingerie antes era vista com um peça íntima, e agora a lingerie virou um outwear, ou seja uma peça de roupa. Lançamos 6 bodies ano passado e tivemos uma aceitação tão grande que já estamos em 22 modelos e é nossa principal linha. Assim ganhamos muito espaço dentro as lojas tradicionais de moda.
O perfil da consumidora também mudou neste tempo?O perfil não mudou na minha opinião. Acho que o que mudou foram as novas situações e momentos da mulher usando sua lingerie. Como disse a mesma mulher tem momentos diferentes e com isso lingeries diferentes. Existem ainda as peças tradicionais e básicas, temos as reforçadas e para sustentação, mas essa nova linha de lingerie outwear veio para ficar. A Duloren está conseguindo não só expandir as vendas das nossas consumidoras mais velhas, mas também conquistar o público mais novo.
Fotos: reprodução
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